Banda do Amapá leva o público do Palco Canoa para um Piquenique no Espaço

Nada mais clichê do que dizer: tudo que é bom dura pouco. Seis noites foi pouco para o Festival Cultural que foi o Palco Canoa. Música Popular Roraimense de várias gerações, MPB/R pra todos os gostos, teatro, grupos indígenas, RAP e vários sabores de Roquenrou para um público que não teve o que reclamar de qualidade e variedade de apresentações.

Para o último dia ficaram guaradas as perfomances da Cantora Euterpe, das Bandas Sheep, AltF4 e dos Amapaenses do Mini Box Lunar.


Euterpe: nada mais, nada menos que musa da música e da poesia lírica na mitologia grega, a cantora roraimense que leva essa alcunha inciou a programação da última noite de Palco Canoa cantando os sucessos de seu CD 'Batida Brasileira'. Apresentando todos os estilos musicais guardados no disco a cantora mostrou a diversidade que o nome "Batida Brasileira' sugere indo reggae a MPB, passando pelo romântismo e terminando nos tambores africanos.



Depois do charme e da delicadeza da musa foi a vez do Rock tomar o Palco Canoa mais uma vez. E os primeiros roqueiros da noite foram os integrantes da banda Sheep. Ramon Hiama e seus parceiros (dentre eles agora incluido o ex-Mr. Jungle Diego Moita) fizeram o público cantar ao som do sucesso 'Palavras ao Vento' e também a felicidade dos saudosos fãs do Nirvana.

Sheep saiu do Palco Canoa dando espaço para um vizinho próximo, porém distante. A Banda Mini Box Lunar, que mora no distante porém próximo Estado do Amapá. A banda teve que viajar por 14h para chegar a Boa Vista e se apresentar no Palco Canoa. Infelizmente moramos próximos na região, mas beeeeeeem distantes nos intinerários aéreos deste país.



Sem dar bola para o cansasso a Mini Box Lunar aterrizou no Palco Canoa e mostrou o ao público o que o Amapaense tem. Heluana, JJ, Otto, Alexandre, Ppeu Ramos e Sady encantaram os roraimenses com seu estilo folk e suas ropas coloridas. Indiferença era tudo que não se via na relação entre o público e a Mini Box. Sabendo as letras ou não os presentes deliraram ao ver a energia do grupo.


Ao fim do show a tietagem instantânea não pode ser contida. De todas as idades as pessoas queriam uma foto, um autógrafo, ou até mesmo uma simples palavra com os novos ídolos. A Mini Box mostrou a força da música independente do Norte, encantou os roraimenses e provou que o clichê é cliquê, porém verdadeiro: tudo que é bom dura pouco!

"Foi muito bom o trabalho que o Coletivo Canoa está realizando, essa forte parceria com o Sistema S, esse Palco cheio de atrações e acima de tudo a participação do público. A Mini Box tem lá sua lista de shows especiais e esse primeiro show aqui em Boa Vista vai entrar para a lista", disse Otto, tecladista da Mini Box Lunar.

E para dar um fim ao Palco Canoa, subiu ao Palco a última banda das seis noites. A responsabilidade de encerrar as apresentações ficou a cargo Altf4. Os rapazes encerraram o evento com seus sucessos, tocado para um público expressivo que acompanhava cada música da banda. Ao fim do show Neto, vocalista da alt, elogiou a produção e falou sobre apresentação da AltF4. "Não há o que falar desse show. Fechar um evento que trouxe tanta gente boa: Mini Box, Tereza, Cabruêra é um honra para nós. O Coletivo está de parabéns. O público que compareceu deu muita força e é isso... vamos em frente!".