quarta-feira, 31 de março de 2010

AGENDA: VELUDO BRANCO E BLAZE BAYLEY EM MANAUS





Depois de realizar a primeira turnê pelo Rio Grande do Sul, no mês de março, a Banda de Rock N’Roll Veludo Branco, formada por Mr Gonzo ( Voz e Guitarra), Mirocem Beltrão (Baixo) e César Matuza (Bateria), embarca no próximo dia 08 de abril para mais um compromisso em sua agenda de shows.

Dessa vez, o destino é Manaus, onde farão o pré show de Blaze Bayley, ex-vocalista da banda de heavy metal Iron Maiden e desde 2000 em carreira solo, que traz para Manaus sua mais recente turnê, intitulada “Promise and terror tour”, divulgando seu último CD, de mesmo nome.

Show
Em Manaus, Blaze se apresenta na Cervejaria Fellice. Fazendo o pré-show está à banda Veludo Branco, de Boa Vista (RR), em turnê pelo País, e o grupo local Sweet Case. O primeiro lote de ingressos já está sendo vendido no local pelo preço de R$ 50 (estudante). Já a área VIP custa R$ 80, com direito a camisa e foto com o vocalista.

blaze bayley


Blaze Bayley - Carreira


Blaze participou da banda Wolfsbane no começo da década de 90 e do Iron Maiden de 1995 até 1998, até a volta de Bruce Dickinson.
A sua carreira solo atingiu conhecimento mundial apenas em 2008, quando ele mudou o nome da banda de “Blaze” para “Blaze Bayley” e contratar novo empresários e integrantes. Foi nesta época que ele lançou o álbum “The man who would not die”. Este disco gerou grande repercussão no mundo todo e foi considerado pela crítica um dos melhores lançamentos dos últimos dez anos do gênero. Os integrantes da banda que participaram da criação deste disco foram Nicolas Bermudez e Jay Walsh nas guitarras, David Bermudez no baixo e Lawrence Paterson na bateria.
Em 2010 foi lançado o disco “Promise and terror”. A formação dos músicos é a mesma. A turnê se iniciou no mês de fevereiro e geralmente mostra um Blaze mais vivo do que nunca e esbanjando vigor nas apresentações ao vivo.
fonte: Jornal A Crítica

Veludo Branco
O ano de 2010 têm sido muito especial nos 3 anos de história da banda de rock roraimense Veludo Branco. É o ano de marco de lançamento do seu 1º disco intitulado “Veludo Branco Rock N’Roll”,(http://www.veludobranco.com.br/ – baixe grátis) e uma extensa turnê nacional que iniciou em março no Rio Grande do Sul. Para o 1º semestre do ano, a banda ainda tem em sua agenda, shows pelos estados do Amazonas, Rondônia, Acre, Pará, Amapá e Distrito Federal .

Contato p/ shows e patrocínio: (95) 8113 08 94
http://www.veludobranco.com.br/
www.palcomp3.com.br/veludobranco




terça-feira, 23 de março de 2010




A banda Tetris participou em janeiro de uma "noite dos lançamentos" em Roraima - foi a Noite Fora do Eixo Boa Vista, onde foram lançados o EP Melhor Deixar pra Lá, o clipe "Teu Sorriso" (da Somero) e o single "Tão Fácil" (da Ostin) (o evento teve o apoio do Som do Norte). Agora promove outro evento com o mesmo nome, lançando o EP "em casa", além de contar novamente com a Ostin (pela primeira vez em Manaus) lançando single, e ainda o maior lançamento de todos, igualmente inspirado numa viagem a Boa Vista, neste caso para o Grito Rock: o Coletivo Cultural Duvânio (ou Dú Vânio, no cartaz você vê as duas grafias).

O "Vânio" me parece ser daquelas idéias que surgem sem grandes pretensões, quase como uma brincadeira, e que depois vão assumindo contornos mais sérios. Quando fui escrever sobre o Grito Rock Boa Vista, eu várias vezes deparei com o nome Vânio, que até ali nunca tinha visto ligado à cena independente de Roraima. Foi Natanie Mota quem me explicou de 'quem' se tratava, lembremos: "Isso é invenção do pessoal da Bandaid. Vânio era o nome que vinha escrito na tampa da marmita do pessoal da Bandaid, daí eles desenharam uma carinha... e começaram a andar com o Vânio pra cima e pra baixo. O Vânio agora é brother de muita gente!"

Pois bem, a Tetris juntou o nome desse brother com uma determinação que a banda se propôs ainda no estado vizinho: "Organizar nossa casa e nossa cena o mais rápido possível que CHEGA de ver pilantra pagando de produtor só pra ganhar dinheiro com nossas bandas e pessoas. Vem aí uma nova era em Manaus, aguardem!"

A proposta, então, deste evento do dia 26 é justamente ser o marco desta nova era. Vejam o que a Tetris postou a respeito em seu Fotolog no dia 16:

"O coletivo cultural DUVANIO terá o objetivo de movimentar a cena não só musical como cultural GERAL. Ou seja, visamos não só as bandas mas artistas de diversos segmentos que tenham seus trabalhos autorais como foco principal e objetivo.

Isso também vem com o objetivo de intensificar o gosto das pessoas pelos nossos artistas locais DANDO valor aos mesmos como eles merecem.Não somos uma produtora;Não visamos qualquer tipo de lucro;E não queremos usufruir disso só como banda.PORTANTO, você que tem banda e toca... CHEGA de covers (a não ser que você goste, claro! hehe), CHEGA de gastar dinheiro com ensaios e mais ensaios só pra tocar música dos outros...Desenvolva sua criatividade, crie, mude, se divirta com isso e GOSTE, acima de tudo, GOSTE MUITO!

Em breve, em Manaus, dará gosto ter sua banda, tocar suas músicas e receber aplausos pelo que VOCÊ fez, criou ou simplesmente ajudou a criar.Isso tudo é por nós, por vocês, por Manaus.Valorizem tudo o que é nosso e aí sim, todos nós seremos valorizados como um todo!"



FONTE: BLOG SOM DO NORTE

http://www.somdonorte.blogspot.com/

quinta-feira, 18 de março de 2010

AGENDA: CANOA NA ESCOLA


Canoa Na escola – São José 19/03/10
Shows e oficinas

Shows: Jamrock e Elvis From Hell

Oficinas: (20 pessoas por oficina)
· Bateria- Jon Nelson
· Guitarra – Bento Filho e Rubens
· Baixo – Paulo Henrique
· Fotografia – Tana Halu
· Stencil Arte – Cristofer Floco
· Maquiagem – Camila Damaceno
· Ballet – Vivian Barbosa (para alunas de 1ª a 4ª)
· Desenho – Yuri

Programação
8:00 Apresentação do projeto Canoa vai a Escola
8:30 Início das oficinas (desenho, fotografia, stencil art, ballet e maquiagem)
9:30 Intervalo
9:50 Volta para as oficinas
10:30 Início dos shows Elvis From Hell e Jamrock
11:40: almoço
13:30 Oficinas de bateria, guitarra e contra-baixo
15:00 Show da banda da escola (alunos das oficinas)

AGENDA: VELUDO BRANCO EM SANTA MARIA 18/03




18/Mar Quinta-Feira Veludo Branco (Boa Vista/RR)


direto de Boa Vista (RR), a Veludo Branco traz seu rock explosivo para o palco do Macondo, e promete não deixar ninguém parado com suas guitarras em fúria.


Início: 23h

Ingresso: R$ 7

Free para estudantes até a meia-noite.


VELUDO BRANCO EM PORTO ALEGRE - 17/03



Por Fábio Gomes - www.somdonorte.blogspot.com
A imagem que ilustra este post é a contracapa (devidamente autografada!) da versão promo do CD Veludo Branco Rock'n'Roll, da banda Veludo Branco, que será lançado em breve com apoio do Som do Norte. Quando acertei o apoio com Mr. Gonzo há algum tempo, jamais imaginei que a turnê de lançamento do CD começaria exatamente em Porto Alegre!! Mas assim o foi: ontem a banda roraimense fez o show principal de Las Quartas Locas del Dr. Jekyll, no tradicional bar rocker da Cidade Baixa da capital gaúcha. (Sim, sim, show prin-ci-pal! Continue lendo!)

Por que las quartas no Dr. Jekyll são locas? Um pouco pode ser pelo som das bandas programadas, sempre alternativos. Outro tanto é por programar show para 22h de uma quarta, numa cidade tão voltada para o futebol quanto Porto Alegre. Mas o bar tem mantido a proposta, dia e horário, mesmo que esta lhes seja, no fim, uma das noites menos movimentadas da semana - de quinta a sábado a casa enche mais, e até na segunda vai mais gente que na quarta.
Ontem, porém, a quarta del Jekyll foi mucho más loca! O acerto inicial da Veludo com o bar seria de que a banda abriria a noite, tocando uma meia hora, antes dos grupos já anunciados há semanas, Robô Gigante e Monstro Motor. Ontem às 22h, porém, na porta do Dr. Jekyll estavam só um dos proprietários do bar, um segurança... e eu! A direção da casa levou os músicos para jantar num restaurante próximo - o baixista Mirócem Beltrão chegara só à tarde - e ali se acertou que a Veludo Branco tocaria ao final, depois das outras bandas.

Foi perto das 0h15 que a Monstro Motor iniciou seu show de rock com toques de experimentalismo, alternando vocais em inglês e português. Uma meia hora depois, a Robô Gigante animou mais a galera do bar, mandando ver no que o release da banda no MySpace define como "Uma voz que canta samba mas soa como rock. Um rock que soa como samba mas não perde o pathos típico do rock." (já que você vai visitar o MySpace da turma, recomendo ouvir "Sem Ter Medo", o grande momento da galera ontem. Ah, importantíssimo registrar: o excelente baixista da Robô Gigante é um dos nomes fundamentais do rock gaúcho: Flu, ex-DeFalla, ex-Urubu Rei, parceiro de Wander Wildner - e que tocou o tempo todo na maior tranquileza.)

A Veludo Branco abriu em grande estilo seu show ali por volta da 1h10, com o hit "Veludo Branco Rock'n'Roll". Outros sucessos já consagrados em Boa Vista, como "Opala Branco", "Corpete Vermelho" e "Eu Sou Alcoólatra" também agitaram os gaúchos.
Mr. Gonzo demonstrou ser um bom performer, chegando em alguns momentos a tocar a guitarra com arco de violoncelo, em outros a dedilhar o instrumento sobre as costas, ou até a simular tocá-la com os dentes. No show da Veludo, estes elementos (a rigor) extramusicais são apenas um complemento, e não um disfarce que muitos grupos utilizam para a 'falta de música'. Ao contrário, por mais que eu já conhecesse e gostasse do trabalho de Gonzo, Mirócem & Cesar Matuza (o baterista), por mp3s e YouTube, devo dizer que só ontem, vendo a banda ao vivo, tive a real dimensão do grande potencial da banda: a Veludo Branco faz um senhor show de rock and roll!!!

Destaco ainda uma qualidade rara entre grupos autorais: ao saber que teria um tempo maior, o trio se reuniu para decidir o setlist, e não teve dúvidas em alterá-lo radicalmente durante o show, sentindo o que funcionaria melhor ou não com o público presente (foi descartada, por exemplo, uma releitura de Led Zeppelin). Quase ao final, Mr. Gonzo lembrou que alguém pedira "Toca Raul!!" durante o show da Robô Gigante e mandou ver um "Rock das Aranha", emendando com uma junção de pesos pesados do rock: Jimi Hendrix e Eric Clapton.

Daqui de Porto Alegre a Veludo seguiu para Santa Maria, onde toca hoje à noite no Macondo Lugar. Amanhã, talvez role um show extra na capital (se houver, avisaremos aqui). De todo modo, no sábado está certíssimo que a banda toque na Casa de Joquim, em Pelotas. O retorno a Roraima está previsto para domingo, e já combinei uma entrevista com o trio no aeroporto.

Ah, aos que estranharam a falta de imagens do show de ontem: esperamos tê-las em breve (estão postadas aqui). O show da Veludo foi filmado na íntegra, na câmera da banda, por um cinegrafista completamente amador: eu! (Simmm!) De todo modo, agora o trio tá na estrada, só voltando a Boa Vista é que vai poder avaliar o resultado desta aventura total e absoluta. Torçamos!
Set List:
1. Veludo Branco Rock N'Roll
2. Opala Branco
3. Falso Poder
4. ela só quer me fazer delirar
5. Corpete Vermelho
6. Blues pra te esquecer
7. Eu sou alcoólatra / Rock das Aranhas
8. Purple Haze


















sexta-feira, 12 de março de 2010

VELUDO BRANCO EM TURNÊ NO RS






Muitos em Roraima ainda desconhecem o papel representativo no eixo cultural do estado do Coletivo Canoa Cultural, sociedade civil sem fins lucrativos, representante do Circuito Fora do Eixo e Ponto Fora do eixo no estado, facilitador do diálogo entre os mais diversos seguimentos culturais local como CUFA, bandas, artistas plásticos, movimentos sociais e afins e gestor/ fomentador da cultura regional independente do norte que é exportada para o Brasil.

Uma das ações pautadas no Canoa Cultural é a integração do cenário musical local e regional, realizando eventos com shows musicas, festivais e intervenções, coordenando um coletivo de bandas e artes integradas que trabalha de forma organizada, associativa, colaborativa e sistemática para fortalecer a cena musical e artística independente de Roraima.

Entre essas propostas está também a articulação e circulação das bandas do estado para todo o Brasil, a exemplo, por intermédio do Canoa Cultural, Mr Jungle, Somero, Ostin, Altf4, Klethus e Veludo Branco.

Nesse mês de março, como parte dessas ações de integração e circulação, está sendo realizada uma parceria entre o coletivo Canoa Cultural e coletivos do extremo sul do Brasil - Macondo Lugar, Satolep e Extremo rock sul - afim de estabelecer uma relação de intercambio entre bandas, produtores e agentes culturais dos 2 estados.

Para essa primeira ação, a banda Veludo Branco estará na próxima semana, a partir do dia 17, realizando a primeira turnê oficial de lançamento do Disco de estréia intitulado “Veludo Branco Rock N’Roll”.

A banda rodará pelas estradas gaúchas algo em torno 1.600 km representando o estado de Roraima e divulgando não só o circuito independente de musica nortista, mas uma série de outras faces da cultura amazônica também.

Na agenda da banda estão confirmadas as cidades de Porto Alegre, Santa Maria e Pelotas, contando com 3 shows, sendo 1 acústico, além de participar de debates com produtores e agentes culturais locais.Em breve, com a conexão estabelecida entre os extremos do Brasil, será possível que várias bandas de Roraima escoem para o RS e todo Brasil.

Roraima mostra mais uma vez sua força e sua relevância no cenário cultural nacional, e o Canoa Cultural é uma das vitrines desse processo que vem transformando positivamente o “jeito de se fazer” cultura em nosso país.

Por Victor Matheus
Circuito Fora do Eixo - Coletivo Canoa Cultural
Produtor e Agente Cultural
Músico e poeta

quarta-feira, 10 de março de 2010

O Indie Rock Está de Luto




O Indie Rock está de luto, cometeu suicídio neste último sábado dia 6, o cantor compositor, multi- instrumentista e líder da banda Sparklehorse Mark Linkous. A notícia foi dada pelo seu agente a revista Rolling Stone edição americana. “É com um grande pesar que anunciamos que o nosso querido amigo e familiar,Mark Linkous, tirou a própria vida. Somos muito agradecidos pelo o tempo ele passou ao nosso lado e o teremos sempre em nossos corações. Que sua jornada seja de paz, felicidade e liberdade”, informou o comunicado da família divulgado a imprensa.

O músico de 40 anos tinha um histórico de depressão e problemas com drogas. Em 1996, Linkous ficou cerca de dois minutos sem batimentos cardíacos, depois de ingerir um coquetel de comprimidos e anti-depressivos, o que lhe custou a perda dos movimentos das pernas, recuperado após sete cirurgias.

Além de ter lançado quatro discos a frente do Sparklehorse, Mark Linkous também produziu o disco “Fear Yourself” de Daniel Johnston e colaborou com bandas como Danger Mouse e Dark Night of Soul (que também teve a participação do cineasta David Lynch). E fez inúmeras parcerias em sua carreira, entre elas estão: PJ Harvey, Tom York (Radiohead) Michael Stipe (R.E.M.).

De acordo com o seu manager, Linkous estava prestes a finalizar um novo disco, que seria lançado ainda este ano pela gravadora Anti-Records (a mesma gravadora que lançou Haih or Amortecedor, o mais recente álbum dos Mutantes). O músico deixa a vida para entrar no Hall da Fama dos grandes mitos. “Há um céu e uma estrela” a espera do grande Gênio.

Aqui vai uma lista de algumas das melhores canções da banda Sparklehorse, vale a pena comprar, baixar, roubar e conferir.

Shade and Honey
Someday I Will Treat You Good
See The Light
Piano Fire
Box of Stars
Good Morning Spider
Eyepinne (com PJ Harvey)

Editorial - Todo mundo investe

Beto Cupertino, Violins (GO) no 13º Goiânia Noise Festival (Foto: Flávio Pessoa)

Por Foca

Estreiamos o editorial do Portal Nagulha para discutir um assunto polêmico e que dá muito “pano para manga” sempre que mencionado: a relação entre as bandas independentes e os festivais. Esse texto já foi divulgado antes pelo Portal Dosol mas creio que o assunto ainda esteja bem quente pra ser discutido aqui.

Num ano de crise como o que passamos, tem ficado cada vez mais evidente qual é o papel de um festival indie e das bandas que deles participam, até porque é fato de que sem bandas não tem festival. Falo isso com muita propriedade e com muita kilometragem no assunto, afinal jogo dos dois lados: como banda e como produtor de um festival indie. Além de promover 7 edições do Festival Dosol e mais umas 20 edições de festivais menores ainda rodei o Brasil visitando cenas e compartilhando experiências tanto tocando como no público. Sei bem do que vou falar.

A primeira coisa que tem que ser desmistificada é que bandas independentes invariavelmente pagam para tocar em festivais. Isso é preguiça de quem não quer fazer sua parte dentro da roda que move o rock alternativo e adjacências. Existem diversos festivais que dão ajuda de custo volumosa (pelo menos metade deles) para as bandas chegarem na região do show. Cabe a banda potencializar essa ajuda com tours, outros shows, merchadising e coisas do tipo. Saber se programar é praticamente uma lei nesse mercado ainda em construção é magro de orçamentos.

Na Europa isso é muito mais corriqueiro que aqui. Por lá uma pequena banda que toca no palco 3 do Glastonbury por exemplo tem a mesma (ou se não menor) ajuda do que as bandas nacionais por aqui. A diferença é que lá essas bandas estão em tours extensas, passando vários meses na estrada e montando um mapa viável para se divulgar. Como 99% das bandas nacionais são bandas “de fim-de-semana” a coisa complica. Só que é mais fácil culpar o vizinho pelo mal cheiro, do que olhar a própria privada.

Quando um festival é de pequeno ou médio porte e não pode pagar para sua banda chegar no local do show, lembre-se que existem uma dezena de outros custos para a sua participação acontecer. Fiz uma conta rápida e básica para ver quanto uma banda (de quatro pessoas) custa para um festival sem contar com ajuda de custo para chegar no mesmo:

Alimentação: 100,00
Hospedagem: 200,00
Translado: 150,00
Despesa no show (camarim, bebida): 60,00


Só nesses itens a brincadeira já dá mais de R$500,00 e não estamos nem colocando o investimento de marketing do festival para promover a banda, dentre outros itens mais difíceis de calcular. A maioria dos grupos que reclama não consegue fazer R$500,00 de bilheteria nem dentro de casa, imaginem fora.

É preciso ter a noção de que festivais independentes também se pagam do bolso para acontecer. Não tenho os dados, mas aposto minha mão direita como mais da metade dos festivais da ABRAFIN, por exemplo, foram deficitários em 2008 (mesmo com patrocínios em alguns casos). Nem por isso deixarão de ser realizados em 2009, 2010 e por aí vai. Um investimento pesado e que não está sendo levado em consideração na hora de uma análise mais fria (e até irresponsável de alguns fanzines virtuais internet afora). Então chegamos a conclusão que todo mundo investe para que o rock possa acontecer, certo?

Claro, existem festivais que estão pseudo-interessados na “cena” da sua cidade e da sua região e mesmo com verbas volumosas captadas terminam sem ajudar em nada (ou em quase nada) os artistas independentes, o que é uma grande sacanagem. Agora uma coisa é certa: se você é banda e aceita essa condição (e as vezes vale a pena aceitar) é porque concorda com ela. Depois não adianta chorar. Produtores, músicos, jornalistasdi e festivais “malas” estão espalhados mundo afora como em qualquer outra atividade. Humanos são seres difíceis mesmo, já dizia meu ídolo Leonardo Panço, do ótimo grupo punk carioca Jason.

Uma distorção que tem acontecido muito é tratar um festival de música independente como se ele fosse um potencial contratante de bandas, quando na verdade um evento com essas características é uma plataforma para que as bandas busquem mercado dentro das cidades. Em alguns casos, de bandas médias já consagradas e com um bom público dentro do mercado, podemos até considerar os festivais como contratantes mas essa realidade só se aplica a 1% do universo de bandas existentes no Brasil. Uma exceção que justifica a regra.

Uma coisa é certa, banda tem que ter música boa, tem que ter um network, diferencial, ser empreendedora dentro da sua região, ter tempo para o projeto, estar envolvida com a cena local em todos o sentidos e ter noção de como as coisas funcionam. Se não for desse jeito o projeto não sai do canto e aí você vai ter que escolher entre relaxar e trata-la com um grande hobby sem pretensões ou entrar na roda de quem quer por as coisas para frente. Como eu já disse antes, depois não adianta chorar!

Vamos ao trabalho!



http://nagulha.com.br/editorial-todo-mundo-investe/