quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Rock, Independência e muito mais!



“Nada me impede de ser como eu sou!” é o que diz a letra de uma das músicas da banda Elvis From Hell. Essa característica de não perder as origens foi o quese viu no Rock da Independência deste ano. Porém, mostrando a experiência que se ganha em se realizar o evento todo ano, essa versão 2010 também apresentou a maturidade obtida nos quatro anos em que a comemoração foi realizada e os diferenciais trazidos com ela.

Ostin, Elvis From Hell, Gang do RAP, Iekuana, Alf+f4 e H.C.L. se apresentaram no últido dia 6 na Orla Taumanã, para um público variado. As famílias das bandas, os amigos, crianças com instinto de cinegrafistas, turistas venezuelanos, cães, passarinhos, artistas locais, acadêmicos, professores, profissionais e quem mais se disponibilizou a acompanhar o RI 2010, viu boas apresentações, pouco atraso, organização, em um evento que trouxe Rock e RAP para o público, usando uma mistura de bandas experientes e estreantes.




As letras românticas com um tom adolescente de Ostin e Alt+f4, reforçadas pelo HardCore da H.C.L, faziam contraste as letras pesadas e escrachadas da Banda Elvis From Hell. A crítica social e os problemas da periferia foram refletidos pelas rimas do Grupo de Rap GDR, A Gang do Rap e pelo som pesado e a voz potente do vocalista Stalen nas músicas da Banda Iekuana.

Dentre as presentes, Iekuana era a única banda com participações em todas as edições do Rock da Independência. Por outro lado, H.C.L., Ostin, Elivis From Hell e o Grupo GDR, apresentavam-se pela primeira vez no evento. “Eu sempre vim pra cá nos anos anteriores e via as outras bandas tocando. É bom poder estar do outro lado e mostrar o nosso trabalho para esse público”. Disse Maicon Ferrin vocalista da banda H.C.L..

A expectativa da estréia no evento também foi compartilhada por Yuri, vocalista da banda Elivs From Hell. “A estou numa expectativa muito grande para começar o show, será a primeira apresentação da nossa banda no Rock da Independência, espero que tudo de certo e que o público curta o nosso som”.





Grupo de RAP se une ao evento

Dentre as novidades do Rock da Independência desse ano, a participação do grupo de RAP GDR, foi uma das mais marcantes. Os rapazes das rimas dividiram o palco com os roqueiros e mandaram suas mensagens para o público.

“É muito importante essa junção do Rock com o RAP. Essa união, essa oportunidade de mostrar a diversidade dos sons que se fazem em Boa Vista e de cada um ter a oportunidade de mandar sua mensagem para o público da maneira que melhor sabe”. Disse o MC Tiago, um dos integrantes da Gang do RAP.

Acompanhando o evento o compositor George Farias também elogiou a participação do Grupo. “Estou achando muito legal esse Rock da Independência, até em razão de não estar sendo tocado só Rock, gostei da participação dos meninos do RAP, é muito legal que um outro ritmo possa ter espaço em um evento como este. É bom para todo mundo”.




A parte que o público não vê

Desde o início de sua concepção, a versão 2010 do Rock da Independência tinha como palavra chave a co-produção, refletida na necessidade de as bandas verem a importância geral da realização do evento e se tornarem parceiras e não só consumidoras. Com a participação de todos O RI 2010 ocorreu sem maiores atrasos e problemas, dando oportunidade de todos mostrarem o seu trabalho.



Enquanto as bandas tocavam a organização trabalhava, na barraca do Canoa eram vendidos artigos das bandas locais e comida e bebida para o público. A equipe de comunicação filmava, fotografava, entrevistava e o twitter do Canoa contava os últimos acontecimentos para aqueles que não puderam vir a Orla. A equipe de sonorização trabalhava para que as bandas pudessem se apresentar sem transtorno, permitindo que o grande artista da noite: O Rock do Independência 2010 desse seu show.



A estrutura que o evento recebeu foi percebida e elogiada por aqueles que acompanham o Rock da Independência há mais tempo. “É bom ver o crescimento, a estrutura e a preparação que o Rock teve esse ano. É uma festa que sempre acontece, mas que não parou no tempo, evoluiu e provavelmente vai melhorar a cada ano.” Disse Stalen Bucley, vocalista da Banda Iekuana, músico que participou de todas as edições anteriores do evento.

A acadêmica do jornalismo Paola Rafaela, outra que sempre esteve presente nas últimas edições também elogiou a estrutura montada nesse ano. “Estou achando super legal, está bem organizado, sem atrasos, a estrutura está boa, estou gostando de ver”.

Aqueles que acompanharam o evento pela primeira vez também fizeram seus elogios. “É a primeira vez que eu venho, estou gostando. O ambiente é bom, as pessoas são legais, não teve nenhum problema, está todo mundo tocando na boa. Está bem interessante esse Rock”. Disse Emmily Melo, acadêmica da UFRR.




Ainda existe água na lembrança das pessoas

A edição 2008 do Rock da Independência acabou sendo encerrada pela ação da natureza. A banda Sheep tocava na Orla enquanto o pano de fundo da apresentação começou a ganhar alguns relâmpagos. Quanto mais o show prosseguia, mais flashes naturais iluminavam a Orla. Água e ventos chegaram em seguida. O que se viu depois foi o pessoal do Canoa correndo para proteger a bateria e o público se escondendo de uma chuva que durou no mínimo meia-hora. Resultado: estava terminado o Rock da Independência 2008. Mesmo assim a lembrança dessa chuva ainda ficou na cabeça daqueles que haviam participado do evento.

A acadêmica do jornalismo Paola Rafaela comentou o acontecido. “Uma das coisas legais nesse ano foi a montagem dessa tenda grande. Foi bom, pois poderia acontecer uma chuva que nem em 2008. Dessa vez o pessoal se preparou. Achei legal. Se chover, dessa vez, teremos onde nos esconder”. Disse.

Aqueles que acreditam em São Pedro, agradeçam. Esse ano não choveu. Mas a tenda montada na Orla mostrou o aprendizado com os descuidos do passado e que se a água viesse esse ano o estrago seria menor.



Se todo mundo gostasse não seria Rock

O leitor mais atento já deve ter pensado: “Nossa, que evento perfeito esse. Não houve falhas, tudo deu certo, todo aprovou, até os deuses esqueceram de mandar a chuva destruidora. Tá bom, conta outra. Será que vão tentar me convencer que foi tudo um mar de rosas?”.

É verdade leitor atento. Não foi um evento perfeito. Aconteceram falhas. Nem todo mundo amou o RI como os falaram nos depoimentos acima. Afinal, se todo mundo tivesse gostado não seria Rock. Dentre as declarações de desgosto, gostaria de relatar uma que chegou aos celulares de um dos membros no Núcleo de Comunicação do Canoa. Uma mensagem de texto que mostra o descontentamento de parte do público com o evento.

A mensagem dizia: - “TOMA ROCK (acredita-se que se quis dizer Coletivo Canoa ou Rock da Independência, mas se disse TOMA ROCK): Mistura subversiva de ritmos no max da vocalização urrada sob letra verídica em realidade opaca e morta”. De fato é melhor se expressar desse jeito que simplesmente dizer que “o negócio tava ruim”.

A verdade é que evento nenhum agradará 100% do público, porém essa afirmação é tão obvia que nem merece estar aqui. Para aqueles que não se agradaram, cabe a eles o agradecimento por terem comparecido, assistido e se expressado. Isso é agitar a cena. Trazer o evento a vista das pessoas e ouvir a opinião delas, para assim melhorar nos próximos. O sucesso desse Rock só poderá ter uma avaliação real no ano que vem, quando se verá quem mais ganhará experiência em participar dele e quantas estréias acontecerão. Enquanto isso não chega, ficam aqui as palavras e as fotos desse ano e as dúvidas para o ano que vem.

Guarda-se a esperança que o Rock da Independência nunca seja impedido de ser o que é.

Até a próxima chuva!





Um comentário:

  1. ola rapaziada e moças do canoa... estou virando fã de vcs viu... lindo as atividades. quero conhecer a turma de vcs no congressão... segue nosso movimento http://parquimcecac.blogspot.com/

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