terça-feira, 28 de setembro de 2010

Enquanto o sol se põe nesta ilha perdida...


CUIDADO: Isto não é meramente opinião, mas, na maior parte do texto, é opinião!

24, 8, 2, 1, 1

Se vivêssemos na Ilha de Lost esse seria o código a ser digitado para a escotilha eleitoral não explodir, isso em uma primeira análise, pois há quem diga que esse código, na verdade, é a BOMBA. No domingo Roraima vai eleger 24 deputados estaduais, oito federais, dois senadores, quem sabe um governador e, humildemente em razão de seu pífio (em relação a outros estados e várias cidades) número de eleitores, ajudar a quem sabe escolher o presidente. Os dois últimos casos podem depender de um segundo turno.

O Estado vive uma campanha eleitoral bem típica. Cheia de acusações, prisões, baixarias, candidatos sem conteúdo político, com muito conteúdo bancário e outras coisas que nem merecem ser citadas (se é que as anteriores mereciam). A Eleição ao governo, guardadas as devidas proporções, lembra muito a de 2002. O vice-governador com pouco tempo no poder enfrentando um ex-governador. Fora isso, o baixo nível da campanha, baseada em muitas acusações, também é parecido, mas pasmem, eu diria que o nível de 2002 foi bem mais baixo.

É claro que essa campanha tem lá suas particularidades e isso a torna ao mesmo tempo tão interessante e desinteressante. Neudo voltando a concorrer ao Governo na primeira eleição sem Ottomar. Jucá apoiando o governador da situação. Ângela Portela, que em 2002 nem candidata foi, provavelmente se elegerá senadora. Três Jucás (por mais que Teresa hoje não use mais o sobrenome) praticamente eleitos. Três vagas na câmara serão invariavelmente renovadas (na verdade, podem apenas ser duas se o Sá conseguir se 'reeleger', mas os mais pragmáticos não contariam os quatro meses de mandato que ele terá até o fim do ano). Chico Rodrigues não voltará a Câmara Federal.

Muito mais há nessa eleição, mas fazendo análises menos superficiais, vê-se uma eleição acirrada e ao mesmo tempo ganha (tenho citado muitos termos antagônicos, tenho sido quase paradoxal, mas essa é uma característica das eleições em Roraima). Anchieta e Neudo se digladiam. As Propostas são poucas. Neudo fala muito do que fez (de 'bom') em seus oito anos. Anchieta fala muito em Ottomar. Enquanto isso, usando estilo da produtora da campanha, eles vão se acusando e mostrando propostas ruins.

Os candidatos ao senado, nossa, como teríamos um nível de campanha mais alto se eles fossem os candidatos ao governo! Os quatro candidatos ao governo são péssimos em comparação aos candidatos ao senado (não que todos os candidatos ao senado sejam ótimos, bem longe disso). Anchieta, Neudo, Pretrônio e Dagon fazem uma campanha horrível (a nível de propostas) em comparação às campanhas de Jucá, Ângela, Aimberê, Iran, Marluce e Telmário. Repito que nem todos os candidatos ao senado são ótimos, mas tenho acompanhado o horário eleitoral, vi o debate da TVU e as entrevistas dos candidatos ao senado. O nível é muito diferente.

É claro que a dinâmica das campanhas é diferente, mas caso Jucá, Ângela, Aimberê, Iran, Marluce e Telmário fossem os candidatos ao Governo me sentiria bem mais motivado a votar e pensar no que será feito do Estado. Neudo, Anchieta, Dagon e Petrônio só me fazem pensar em anular o voto. Essa será minha provável decisão. Nunca quis tanto que uma eleição fosse cancelada e os candidatos substituídos (nulidade: falácia? Utopia? Talvez sim, mas é o que esses candidatos me fazem querer).

Os candidatos ao governo são fracos? Fato! Mas qual melhora eu poderia sugerir? Nulidade. Ok! Sugestão dada! Voltando a realidade... Falando da realidade: Neudo ou Anchieta decidirão o Governo em um segundo turno cheio de baixarias e acusações. Caso um dos dois vença no primeiro turno, bem... O Estado escapará de mais um mês de campanha inútil.

O que esperar dos próximos quatro anos. BOMBA. Ângela e Jucá irão para o Senado (essa é a eleição ganha citada anteriormente). Ele lutará para ser líder. Era será muito mais representativa que Augusto Botelho sequer pensou em ser algum dia. Haverá uma renovação nos deputados federais. Quanto aos estaduais: nada digo, fora: Rodrigo Jucá está eleito (disse lá em cima, então, ao menos essa coerência eu teria de ter). E o governo, vendo os candidatos, prefiro nem pensar.

Na presidência... os candidatos são bons, novamente guardados os devidos exageros sobre o significado do adjetivo: "bom". O país será bem representado pelo vencedor. Acredito que Dilma, Serra e Marina encenam bem o que seus partidos pregam. Podem não ser os melhores dentro esperado de um presidente, mas, agora é tarde demais para reclamar. Os próximos 4, 8, 16, sabe-se lá quantos anos começarão a ser decididos no domingo. É hora do voto, seja ele qual for, comprado, ideológico, nulo, branco, desinteressado, revoltado e todos os adjetivos que puderem servir para os tipos de votos. Como diria Cláudio Abramo: "É a regra do jogo". Basta a esperança na vitória do Brasil, nem que (a vitória) seja apenas na Copa de 2014.

Roraima, a qual às vezes não faz parte do Brasil e provavelmente nem sub-sede da Copa será, para essa, acho que terei de esperar as ELEIÇÕES de 2014. Enquanto essas não chegam vamos de 24, 8, 2, 1, 1 no dia 3 do 10.

BOMBAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA!


Pablo Felippe - Núcleo de Comunicação do Coletivo Canoa Cultural.
Aluno de Jornalismo metido a analista político.

Dúvidas e/ou reclamações: www.pablofelippe@gmail.com / nucomcanoa@gmail.com
95 9115-3431 (VIVO) / 95 8125-8437 (TIM).

sábado, 25 de setembro de 2010

Rock da Independência 2010 em vídeo pra você!

Num certo 7 de setembro, lá pelos idos de 1822 um tal de Pedro disse: "Independência ou Morte!" e o Brasil ficou "independete". Agora em 2010 o Coletivo Canoa Cultural decidiu fazer mais um Rock da Independência. O tal Brasil "independente" você já deve conhecer. Caso queira saber mais sobre ou relembrar como foi o Rock da Independência 2010... assista aê.

Tenha uma boa diversão, independente de qualquer coisa!


sexta-feira, 24 de setembro de 2010

PCult Roraima realiza mais uma reunião com candidatos

O espaço Vladmir Herzog no Centro de Cidadania Nós Existimos foi o palco de mais uma reunião do PCult Roraima. O encontro aconteceu na quinta-feria, dia 23, e contou com a participação dos candidatos Namis, Professor Marcone e cinco minutos da candidata Ângela Portela.

Antes da reunião Hudson Romério foi entrevistado pelo Jornal e Rádio Monte Roraima. O Coordenador do PCult falou sobre o Partido da Cultura e suas propostas. Após a entrevista, a chegada do candidato Namis deu início aos debates.

Namis conversou com os gestores e concordou com as propostas da carta do PCult. “Eu poderia sugerir várias coisas aqui, mas para que fazer isso se vocês gestores já apresentaram as necessidades da Cultura nessa carta. As propostas escritas aqui devem ser apoiadas e realizadas”. Disse o candidato.

O candidato professor Marcone também apoiou a carta de propostas e o reconhecimento da Escola de Música. “Caso seja eleito procurarei me basear nessa carta confeccionada por vocês e também lutarei pelo reconhecimento da Escola de Música”.

O debate ocorreu muito bem em sua primeira parte. O músico George Farias também compareceu a reunião e deixou seu ponto de vista. Porém, a pessoa mais esperada durante a reunião, começadas às 16h, foi a deputada federal e candidata ao Senado Ângela Portela. A expectativa pela chegada da candidata só conseguiu se igualar a decepção causada por sua “participação”.


Após chegar ao encontro, Ângela Portela, da maneira mais educada possível, comunicou aos presentes de seus feitos para a Cultura, como deputada, muitos deles já citados durante a participação da deputada Maria Helena, logo depois ela pediu o voto das pessoas e disse o quanto poderia ajudar caso fosse eleita Senadora. Porém também disse estar com a agenda lotada e que não poderia debater propostas naquele momento. Pediu votos novamente, respondeu mais um questionamento e deixou a reunião sem participar dela como se esperava.

Com o fim da participação da candidata a reunião também se encerrou deixando o desejo que políticos apressados não se apressem em se esquecer do povo.Pede-se aos candidatos que lembrem-se: fazer política é muito mais que pedir voto.

A luta de Pcult continua e pede a presença de candidatos dispostos a mostrar e discutir políticas culturais, por menor que seja o tempo disponível em suas agendas.

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

PCult realizará nova reunião com candidatos


Nesta quinta-feira, 23 de setembro, haverá nova reunião do PCult Roraima. O encontro acontecerá no Centro de Cidadania Nós Existimos, Avenida Floriano Peixoto, 402, ao lado da Escola São José, Centro, a partir das 16h. Estão sendo esperados os candidatos Ângela Portela, Marília Pinto, Ronildo, Namis Levino, José Horácio e André Vasconcelos.

Os candidatos terão a oportunidade de expor suas propostas para a área da Cultura e de conhecer a Carta de Propostas do PCult Roraima. O PCult é uma iniciativa nacional e suprapartidária que visa identificar candidatos dispostos a discutirem e assumirem políticas públicas voltadas para a Cultura. Não se trata de um partido político e sim de uma união de gestores culturais preocupados em discutir o tema que menos é lembrado pelos políticos durante as eleições: A CULTURA.

Qualquer candidato comprometido e que saiba da importância da criação de políticas voltadas à Cultura pode procurar os representantes do PCult e participar das reuniões. Não importa partido. O PCult que saber das propostas e do comprometimento dos políticos. Todos estão convidados a participar.

Mais informações sobre as reuniões podem ser obtidas com Manoel Vilas Boas, 8115 4400 (TIM) e Hudson Romério, 9126 6946 (VIVO), gestores culturais e coordenadores do PCult Roraima.



MixTape do Emicida é lançada em Boa Vista

No domingo, dia 19 de setembro, o Coletivo Canoa Cultural, numa ação nacional em parceria com os coletivos Fora do Eixo de todo Brasil, realizou o lançamento da MixTape do Rapper Emicida. O evento aconteceu na Praça das águas e contou com a participação do Grupo de RAP GDR, a Gang Do Rap.

Durante o lançamento foram exibidos vídeos com clips, apresentações e entrevistas do Rapper Emicida, além do show do Grupo GDR. O evento, totalmente gratuito, reuniu várias tribos na praça das águas. As famílias que passeavam pela praça, sk8tistas, roqueiros, o pessoal do RAP, o pessoal das bicicletas, hippies, pessoas de todos os tipos assistiram.


A estudante de Turismo Eweline Monteiro gostou do evento e o considerou positivo para a cena local e principalmente para os que gostam de RAP. “O RAP não é tão difundido aqui em nosso estado. Esse tipo de ação colabora para um diversificação cultural e musical. Além do que é muito bem ver nosso Estado fazendo parte de uma ação nacional como essa”.

Os integrantes do Grupo GDR – A Gang do RAP, também estavam muito felizes em fazer parte dessa ação. “É muito legal estar aqui e participar do lançamento do MixTape do Emicida. É bom para a carreira da Gang do RAP, sem contar que o Emicida é um ícone do Freestyle e eu também faço Freestyle, então me sinto honrado em fazer parte desse evento. Disse o MC Dog.



Manoel Vilas Boas também aprovou o evento. “Foi uma boa realização do Coletivo, mas o valor maior está na participação das pessoas. Nosso esforço foi recompensado, as pessoas compareceram e viram um show de qualidade promovido pelo grupo GDR e puderam conhecer também um pouco do trabalho do Emicida”. Disse o representante do Coletivo Canoa Cultural.

Candidatos ao Governo de Roraima tiveram a oportunidade de Debater suas propostas em uma TV pública e apartidária


Na última quinta-feira, 16 de setembro, a TV Universitária, afiliada da TV Brasil, realizou um debate com os candidatos ao Governo do Estado de Roraima. O debate, composto de seis blocos, contou com participação dos candidatos Neudo Campos (PP), Dr. Petrônio (PHS) e Robert Dagon (PSOL). O candidato Anchieta (PSDB) não compareceu.

Mediado pelo jornalista Edleuson Almeida, o programa teve a seguinte dinâmica: no primeiro bloco os candidatos se apresentariam e explanariam sobre da razão de concorrer ao governo. No segundo bloco eles apresentariam propostas sobre temas pré-determinados. No terceiro professores e alunos da UFRR que questionariam os candidatos.


Nos três blocos finais os candidatos fariam perguntas entre si, responderiam uma pergunta sobre fomento à pesquisa feita pelo professor Avery Veríssimo, coordenador do curso de Jornalismo da UFRR e diriam suas considerações finais.


Nenhuma proposta nova

Na maior parte do tempo, até em razão da pouca oportunidade que os candidatos tiveram de fazer perguntas entre si, o debate manteve um bom nível e não se viram ofensas. Porém o discurso apresentado pelos políticos foi o mesmo visto durante na propaganda eleitoral.

Neudo Campos enfatizou durante o debate seus feitos enquanto governador de Roraima. O candidato falou sobre escolas padrão, energia de guri, mas não apresentou propostas novas.


O Dr. Petrônio falou sobre a corrupção e o dinheiro que a população perde em razão dela. Seguiu falando sobre o apoio ao turismo e a agricultura familiar. Robert Dagon citou as propostas defendidas pelo PSOL, ateu-se a falar sobre reavaliação salarial e eleições diretas para diretores de escolas.


Apesar do bom nível do debate as greves acontecidas no mandando do atual governador e os casos de corrupção do Governo de Neudo Campos também foram lembradas. O candidato falou da não preocupação com as acusações e citou a lei da ficha limpa. “Não temo essas acusações. A lei não ficha limpa não se enquadra a mim”. Disse o candidato.


População faz avaliação positiva do debate

O debate apresentou poucos problemas técnicos e um formato que privilegiou a apresentação de propostas às acusações pessoais. A aluna de jornalismo Jéssica Costa avaliou positivamente a discussão dos candidatos. “O debate foi bom, de alto nível, em sua maioria. A experiência de Neudo Campos foi fundamental. Ele se saiu muito bem, em comparação aos seus concorrentes”. Analisou a estudante.

A empregada doméstica Eliete de Souza gostou do debate, mas lamentou o não comparecimento do atual governador. “Gostei do debate, porém seria melhor se o governador tivesse participado. Seria bom ver os quatro debatendo”. Disse.


O debate também repercutiu no Twitter

O que acontecia no Estúdio da TV Universitária também foi exposto simultaneamente na rede social Twitter. O debate casou reações positivas, mas também recebeu críticas de alguns usuários.

A jornalista Cyneida Correia, a qual responde pelo usuário @Cyneida, assessora de comunicação do candidato avaliou o debate positivamente e deixou o seguinte recado para outra usuária que questionou sobre o debate. “@adriasantosrr foi maravilhoso. Uma demonstração de competência e democracia”. Digitou em seu microblog.


Porém o perfil @fontebrasil, o qual apóia o governador Anchieta fez críticas ao formato do debate e apoiou a não participação do candidato. “Neudo, Dagon e Petrônio foram e de concreto não disseram nada”. “Se eu fosse Anchieta também não iria nesse debate da TV Universitária. Formato Ultrapassado”. “Quando for na TV Roraima, aí sim, a audiência será grande”. Afirmou.


As polêmicas continuaram no microblog com mais comentários sobre a não presença do governador e elogios e críticas ao debate realizado pela TVU.


Ainda não foi dessa vez que a Cultura foi discutida

Dentre as propostas do Debate promovido pela TVU, encontrava-se a explanação dos candidatos sobre oito temas. Eram eles: SEGURANÇA PÚBLICA, GERAÇÃO DE EMPREGOS, SAÚDE, EDUCAÇÃO, MEIO AMBIENTE E AGRICULTURA, DESENVOLVIMENTO SOCIAL, CULTURA E HABITAÇÃO.

Quatro seriam sorteados em um bloco e quatro em outro. Os primeiros seriam temas de perguntas feitas por professores e alunos da UFRR e os outros serviriam para os candidatos fazerem perguntas entre eles. Em razão do não comparecimento de um dos candidatos o tema Cultura não fez parte do debate, pois apenas seis temas foram sorteados.


E a população não pode ouvir os candidatos ao Governo falarem, ao menos um pouco, sobre suas propostas para a Cultura.